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sábado, 14 de julho de 2012

MORRE POETA E PROFESSOR EDUARDO OLIVEIRA, EXEMPLO DE LUTA PELA IGUALDADE RACIAL


Faleceu na tarde da última quinta quinta-feira (12), no Hospital do Servidor Público de São Paulo, o professor, ex-vereador paulistano e poeta, Eduardo de Oliveira, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e uma das mais importantes lideranças vivas do Movimento Negro Brasileiro. Aos 86 anos, diagnosticado com problemas no coração, o professor Eduardo, como era carinhosamente chamado por todos, sofreu uma insuficiência renal por conta de uma arritmia cardíaca.
O velório ocorrerá a partir das 22h, desta quinta, no Hall do Plenário Primeiro de Maio, 1º andar, Câmara Municipal de São Paulo, Viaduto Jacareí, 100, Centro. O enterro está marcado para às 15h de sexta-feira (13), no Cemitério da Lapa, o cemitério da Goiabeira - Rua Bérgson, 347, Lapa, São Paulo, SP.
A morte do professor Eduardo, que era autor do “Hino da Negritude”, provocou tristeza e consternação na maioria das lideranças dos movimentos sociais. Diversas entidades emitiram notas de pesar pela morte do professor. “Ele nos ensinou como lutar. Durante toda a sua vida ele militou e contribuiu para a igualdade racial. É uma perda que vai emocionar todo movimento porque é como um pai de todos nós que vai embora”, declarou emocionado Edson França, presidente da União de Negros e negras pela Igualdade (Unegro).

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a Confederação das Mulheres do Brasil, a Federação árabe Palestina do Brasil (Fepal), e a Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) também divulgaram notas.  

“O Movimento Negro brasileiro está enlutado, entristecido com o passamento do professor Eduardo de Oliveira. Sua história de lutas para um Brasil progressista e independente, com um povo nutrido e feliz, se soma a toda uma trajetória de vida contra o racismo e os preconceitos. O Hino da Negritude de sua autoria é um relato da firmeza e certeza que ele nutriu de ter um país sem racismo. Seu legado nos orienta a erguermos a cabeça e continuarmos lutando por uma sociedade justa, sem racismo e fraterna”, lastimou o presidente da Fundação Palmares e ex-ministro chefe da SEPPIR, Elói Ferreira de Araújo.
“O movimento negro brasileiro perde hoje, 12 de julho de 2012, um dos seus mais longevos e ilustres militantes, o professor Eduardo de Oliveira. Sem nunca perder a crença de que ainda poderemos viver uma sociedade livre do racismo, o autor do Hino à Negritude nos deixa contribuições importantes como poeta, jornalista, escritor, primeiro vereador negro da cidade de São Paulo, presidente e principal articulador do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB)", diz um trecho da nota da Seppir.
“Sempre foi um lutador e muito lúcido. Ele estava numa lucidez tremenda, apesar da idade avançada. Por isso, não esperávamos essa notícia agora”, acrescentou Sandra Mariano, da Conen.
Nascido em 1.926, o paulista Eduardo de Oliveira, era viúvo e deixa seis filhos, além de netos e bisnetos. Seu filho, José Francisco Ferreira de Oliveira, 54 anos, lembrou a importância do pai na inserção da discussão racial nos partidos políticos. “Um eterno lutador. Essa é a imagem que fica de alguém que lutou a vida inteira para combater a discriminação racial não somente no Brasil, mas no mundo”, declarou. Atualmente, militava no Partido Pátria Livre.
Fonte: Portal da CTB

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