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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

MANIFESTAÇÃO PELA ABERTURA DOS ARQUIVOS DA DITADURA

O Comitê Paulista Memória Verdade e Justiça, integrado por diversas entidades, todos estão convidados para manifestação pela abertura imediata dos arquivos, apuração e punição dos crimes da ditadura e defesa da memória daqueles que lutaram e resistiram à ditadura.

DO SINDICATO DOS JORNALISTAS DE SP

Os participantes, que se organizam em defesa da memória dos que lutaram contra a ditadura militar, sairão em caminhada até o gabinete da Presidência da República em São Paulo, na esquina da Paulista com a Rua da Consolação, para pedir à presidenta Dilma Rousseff a abertura imediata dos arquivos da ditadura, a pela punição dos assassinos e torturadores. A manifestação é pelo cumprimento da sentença da corte interamericana de direitos humanos e por uma Comissão da Verdade livre, soberana e independente.
A Câmara dos Deputados acaba de aprovar projeto de lei que institui uma Comissão da Verdade para apurar os crimes cometidos pelos militares, como exigido pela OEA. Mas da forma como foi aprovada, a Comissão pode se tornar inoperante, servindo para esconder em vez de revelar e punir os autores de torturas, assassinatos e desaparecimentos. Durante a manifestação, será entregue Carta Aberta à população.

O povo precisa conhecer a verdade

Os crimes contra os direitos humanos cometidos pela ditadura civil-militar, que governou o Brasil de 1964 a 1985, ainda não foram julgados. Seus responsáveis, torturadores, assassinos, empresários e empresas que financiaram a repressão política no Brasil, estão impunes até hoje.

Nesse período foram centenas de mortos e desaparecidos políticos e milhares de brasileiros foram ilegalmente presos e torturados.
Os documentos que comprovam esses crimes continuam guardados em segredo nos arquivos das Forças Armadas. Exigimos a abertura desses arquivos porque podem ajudar os familiares das vítimas a localizarem os corpos de seus parentes. A Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA condenou nosso país por esses crimes e exigiu que o governo os julgasse e os tornem públicos. O prazo para que o Brasil cumpra a sentença expira em novembro deste ano.

Outros paises da América Latina, como Chile, Argentina, Guatemala e El Salvador fizeram suas Comissões da Verdade que já apresentaram resultados. Muitos criminosos foram punidos e a Justiça foi feita.
A Comissão da Verdade de nosso país seria uma resposta a esta situação absurda. Porém, da maneira que está escrita no Projeto de Lei 7376/10 será ineficaz.
Para garantir a criação de uma Comissão da Verdade autônoma, soberana e independente foi criado o Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça para lutar pela abertura imediata dos arquivos, apuração e punição dos crimes da ditadura e defesa da memória daqueles que lutaram e resistiram à ditadura, além do cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Temos a certeza de que a apuração e o julgamento dos crimes da ditadura, além da divulgação dos documentos sigilosos são essenciais para a consolidação da democracia e para esclarecer um período muito pouco conhecido da História do Brasil.

Fonte: UBES

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