Cruzada São Sebastião HOJE
Cruzada São Sebastião no passado
Dom HELDER CÂMARA Sonhos Realizados em prol dos mais humildes
Como foi deliberado pela reunião da
Executiva das Entidades, ANE-RN, CPC-RN e CPC DA ANE-RN, o Eduardo
Vasconcelos encontra-se em viagem aos Estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e Brasília, buscando apoios entre órgão públicos federais,
autarquias, editoras, entre outros aos projetos culturais: Biblioteca do
Estudante, Identificando Novos Talentos, Cinema na Escola e o
fortelecimento da Comissão Campus da UERN Potiguar Já! Junto a
parlamentares, secretários, instituições sociais e outros.
Esta
semana o mesmo já contactou a Biblioteca Nacional, onde conseguiu
ampliar as doações de livros e revistas ao Projeto Biblioteca Nacional.
Eduardo foi recebido pela senhora, Virgínia Freire, responsável Sistema
Nacional de Bibliotecas Públicas - SNBP-MINC.
Eduardo sendo recebido pela senhora, Virgínia Freire-SNBP-MINC
Eduardo como um bom reporter
aproveitou para conhecer o Projeto CRUZADA SÃO SEBASTIÃO, projeto este
IDEALIZADO pelo Dom HELDER CÂMARA em 1957. Segundo Eduardo o projeto é
fantástico! Moradores da favela passa a conviver com os moradores do
LEBLOM uma das comunidades mais ""rica" do RIO. Conheçam um pouco da
história.
Eduardo ao lado do morador da Cruzada São Sebastião, DEUS LENE - RIO DE JANEIRO
A Cruzada São Sebastião é um conjunto habitacional localizado à margem oeste do Jardim de Alá, no bairro do Leblon, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Foi inaugurada em 29 de outubro de 1955, por iniciativa de Dom Hélder Câmara, então secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que convenceu o então presidente da república, Café Filho, a firmar um convênio para construir o conjunto habitacional. O objetivo era fazer dali uma espécie de plano piloto, um pontapé inicial para a meta de Dom Hélder de acabar em dez anos com as 150 favelas existentes na cidade naquela época.[carece de fontes]
Os primeiros moradores eram oriundos da favela vizinha da Praia do Pinto, que foi incendiada e substituída pelo condomínio Selva de Pedra, em frente ao Paissandu Atlético Clube e à associação Atlética Banco do Brasil. O conjunto de dez prédios e 945 apartamentos
foi financiado num prazo de quinze anos, em pagamentos mensais de
quantias que correspondiam, nos maiores apartamentos (de dois quartos),
ao correspondente a quinze por cento do salário mínimo. [carece de fontes]
O mais ilustre morador da Cruzada foi o jogador Adílio, que jogou por vários anos no Flamengo,
fazendo parte do elenco mais vitorioso da história do clube. Além de
Adílio, a Cruzada era moradia de vários ilustres ex-jogadores, como Júlio César "Uri Geller", Ernani ex-Vasco, Paulo Pereira ex-Vasco, Rui Rei ex-Ponte Preta e Almir ex-jogador de basquete do Flamengo.
Do conjunto, fazem parte a igreja dos Santos Anjos e a escola
municipal Santos Anjos, que foram tombados pela Secretaria
Extraordinária do Patrimônio Cultural em 2008. Fonte: Google.
O
objetivo de Dom Helder era demostrar que era possível a convivência dos
"ricos" com os "pobres", sua iniciativa é louvável até os dias de hoje,
mas tem resistências ocultas, por isso Eduardo Vasconcelos foi fundo na
discussão e entrevistou moradores e ex moradores.
Mais um pouco sobre o Projeto CRUZADA SÃO SEBASTIÃO.
Eduardo ao lado do morador da Cruzada São Sebastião, Deus Lene - Rio de Janeiro
Chegando
na Cruzada São Sebastião, Eduardo conversou com o morador, Deus Lene
Jesus Garcia de 57 anos e morador a 40, seu Deus Lene que mora com a
toda sua família, pai, mãe, filhos e sobrinhos, disse que o preconceito
ainda reina no "pedaço". Sempre aparece pessoas querendo comprar os
apartamentos, mas pelo preçoa muito baixo e diz mais, que recebem
ameaças, ou seja, se eles não venderem os apartementos todos irão ser
despejados, mas eles resistem e vão resistir sempre, garante Deus Lene.
Uma
coisa interessante: Seu Deus Lene disse que seu nome era para ser
DELINI, mas o carttório na época não aceitou pelo fato daquela época o
nome referia-se a um NAZISTA ALEMÃO procurado pelo justiça, daí foi
registrado DEUS LENE!
É
bom lembrar que a Cruzada São Sebstião foi feito dentro maior
legalidade entre o Governo Federal (Café Filho) e a CNBB (Dom Helder
Câmara).
Eduardo ao lado do sindicalista, Rodrigues ex morador da Cruzada
Eduardo conversou com o ex morador da Cruzada, Rodrigues, hoje sindicalista e um dos guerreiros na defesa da CRUZADA!
Rodrigues
falou ao Eduardo que Dom Helder Câmara era uma pessoa de uma
INTELIGÊNCIA jamais vista, um homem de visão, fraterno e solidário,
exemplo para ser seguido. Rodrigues disse também que logo após a
inauguração, Dom Helder instruiu coordenações para "ensinar" os novos
moradores da Cruzada a se relacionar com os "vizinhos" e ajudando-os no
seu dia a dia, como exemplo a ensinar a consertar descarga e
eletricidade, pois antes de irem morarem na Cruzada por exemplo algums
moradores jogavam suas fezes na Lagoa Rodrigues Freitas ou em cima das
casas.
Rodrigues
encerrou dizendo que o sonho total de Dom Helder ainda não foi
realizado, falta ainda a solidariedade entre as vizinhanças, ou seja a
convivência de irmãos, falta ainda o Estado cumprir com a sua parte, mas
a intenção de Dom Helder foi louvável, a esperança continua.
UM POUCO MAIS SOBRE O PROJETO CRUZADA SÃO SEBASTIÃO.
A Cruzada São Sebastião nasceu em 1957, no bairro do Leblon, no Rio de
Janeiro, sendo um conjunto de dez blocos de apartamentos para famílias
pobres, tendo sido concebida pelo dinamismo de D. Hélder Câmara, então
Bispo-auxiliar de nossa cidade. O eminente bispo católico procurava, com
este gesto, alertar a consciência dos cariocas para o problema da
moradia dos pobres e da proliferação de favelas em nossa cidade.
Infelizmente, apesar de seus esforços e dela situar-se em área tão
destacada, ao completar cinqüenta anos, constatamos a manutenção do
forte contraste com o resto do bairro do Leblon, levando-nos a
compartilhar do sonho de que se integre verdadeiramente ao bairro. Para
isso, é necessário difundir a cidadania, princípio que desejamos
assegurar através da promoção de oportunidades para seus “menores”
moradores. Aqueles que, brevemente, nos substituirão, retro-alimentando o
projeto. Nós somos um grupo de universitários e profissionais de
diversas áreas, que possui vínculos de amizade com muitos moradores da
comunidade, e cujo senso da necessidade de militância social nos
conduziu para a compormos a gestão 2004/2005 da AMA-Leblon, o Núcleo de
Solidariedade Técnica - SOLTEC/UFRJ e a extinta ONG Democracia Direta,
respaldando-nos para este novo desafio. O desafio da promoção de
oportunidades para os menores é capacitar um grupo de 40 crianças da
comunidade, por ano, para as provas dos principais colégios públicos do
Rio de Janeiro, tais como a rede Pedro II, Colégios de Aplicação das
Universidades Estadual e Federal do Rio de Janeiro, Colégio Militar e
demais existentes. Entendemos que a idade dos 10 anos, constitui um
ponto de corte para a intervenção orientadora e capacitadora para os
horizontes que os conduzirão ao caminho que desejarem, podendo,
futuramente, nos substituírem no processo multiplicador de indivíduos
livres para pensarem seus destinos. Gerar a infra-estrutura para o
excelente espaço, já nos disponibilizado por lideranças da comunidade,
onde serão lecionadas aulas de português, matemática, música e
cidadania, além do acompanhamento psicológico das crianças e o
fornecimento de lanches, como garantia das boas condições de rendimento
intelectual, consiste no elemento final para o início destas atividades,
envolvendo crianças e seus pais, num convívio onde todos aprenderemos.
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