O Comitê para a Proteção dos Jornalistas denunciou os "altos índices de assassinatos e impunidade" arraigados no país, assim como um "padrão de censura judicial"Jornalistas se aglomeram: o CPJ divulgou nesta quinta-feira em Nova York seu relatório anual "Ataques à Imprensa".
Nova York - O Brasil se encontra, junto com o Equador, em uma reduzida lista de dez países do mundo onde a liberdade de imprensa corre perigo, elaborada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, em inglês).
O CPJ divulgou nesta quinta-feira em Nova York seu relatório anual
"Ataques à Imprensa" no qual denuncia "um aumento sem precedentes no
número de jornalistas assassinados e presos no último ano" e uma
"legislação restritiva e censura estatal" que colocam em risco o
jornalismo independente.
Quanto à lista de "Países em Risco", que identifica os 10 Estados do
mundo onde a liberdade de imprensa enfrentou maiores perigos em 2012, o
Comitê incluiu Equador, Brasil, Síria, Somália, Irã, Vietnã, Etiópia,
Turquia, Paquistão e Rússia.
Para produzir a lista, o CPJ examinou seis indicadores de liberdade de
imprensa: mortes, prisões, legislação restritiva, censura estatal,
impunidade nos ataques contra a imprensa e quantidade de jornalistas
exilados.
No caso do Brasil, o Comitê denunciou os "altos índices de assassinatos
e impunidade" arraigados no país, assim como um "padrão de censura
judicial".
"Os obstáculos no Brasil são, em particular, alarmantes, dada a sua
condição de líder regional e sede de uma vasta e diversa rede de meios
de comunicação", afirmou a escritora Karen Phillips no site do CPJ.
Em dezembro passado, o Comitê havia constatado a "preocupante alta" dos
casos de jornalistas mortos de maneira violenta no Brasil, que
registrou em 2012 quatro casos, seu maior número em mais de uma década.
Fonte: EXAME/ABRIL
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