Sessão com presença do ministro discutia verba para educação em 2012
O Chile parou na última quarta-feira, dia 19, para assistir os 300 mil manifestantes -200 mil deles, na capital, Santiago – marchando em protesto por uma educação pública e de qualidade. Após o término da marcha, os estudantes continuam se mobilizando e na quinta, dia 20, ocuparam uma sessão da comissão legislativa que discutia o orçamento para a educação em 2012, da qual participava o ministro da pasta, Felipe BulnesSobre a paralização, a líder estudantil Camila Vallejo afirmou: “Esta luta é o futuro do nosso país. Vamos reconstruir o sistema educacional do país e garantir educação gratuita e de qualidade para todos”.
CONFLITO NA VÉSPERA DA PARALISAÇÃO GERA VIOLÊNCIA E REPRESSÃO
Um episódio ocorrido na véspera da paralisação, dia 18, fez o clima pesar em Santiago. A capital chilena amanheceu com um ônibus incendiado em uma das principais avenidas da cidade. Apesar dos responsáveis pelo incidente não terem sido identificados, o governo chileno afirmou que não autorizaria novas marchas, em uma tentativa de relacionar esse episódio às manifestações organizadas pelos estudantes.
No dia seguinte, a passeata foi autorizada pela governadora regional de Santiago, Cecilia Pérez, porém, ela invocou a Lei de Segurança do Estado, que estabelece penas de até 10 anos de prisão para os que provoquem danos aos serviços públicos. Durante a paralisação dia 19, a polícia repreendeu fortemente os manifestantes. Cerca de 40 pessoas foram detidas e 5 policiais ficaram feridos. Grupos de homens com máscaras atacaram policiais e foram repelidos com o disparo de bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água.Os líderes estudantis da Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), Gastón Urrutia e Camilo Ballesteros, defenderam a paralisação como sendo a única forma de os estudantes exigirem do governo as reformas na educação e criticaram a violência. “Esse tipo de atitude prejudica o movimento estudantil”, afirmou
Fonte: UNE
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