SOMOS CONTRA A QUALQUER TIPO DE DISCRIMINAÇÃO

SOMOS CONTRA A QUALQUER TIPO DE DISCRIMINAÇÃO
RACISMO É CRIME!

terça-feira, 29 de março de 2011

LIVRO TRAZ HISTÓRIAS DE PALESTINOS SOB A OCUPAÇÃO ISRAELENSE


"O outro lado do muro" será lançado nesta terça na Livraria da Vila, em São Paulo Escrito por: Ana Maria Straube, Icarabe Ao longo de 17 dias, a jornalista Fernanda Campagnucci viajou por diversas cidades de Israel e da Cisjordânia com o objetivo de contar as histórias de vida de palestinos e israelenses que vivenciam o cotidiano da ocupação, e tiveram suas existências marcadas de forma profunda pelos conflitos na região. Ou, em suas palavras, “dar um rosto humano aos números do conflito, às estatísticas pavorosas do noticiário”. O resultado dessa experiência é o livro Do outro lado do muro (Ed. Multifoco), que será lançado nesta terça-feira, 29 de março, na Livraria da Vila. Além da noite de autógrafos, o lançamento conta com uma mesa-redonda sobre a questão palestina com a presença da autora, de Arlene Clemesha, diretora do Centro de Estudos Árabes da Universidade de São Paulo (USP) e de Soraya Misleh, jornalista palestina e diretora do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe). Graduada pela ECA-USP, ativista e pesquisadora nas áreas de educação e direitos humanos, Fernanda conta, na entrevista abaixo, detalhes sobre a viagem e a experiência de escrever sobre a questão Palestina. ICArabe: O livro O outro lado do muro conta sua experiência de viagem à Palestina. O que despertou seu interesse pelo tema? De onde surgiu a ideia de viajar e escrever sobre a região? Fernanda Campagnucci: Como jornalista e ativista na área de direitos humanos, sempre acompanhei com aflição as notícias sobre o conflito israelo-palestino, e seus ciclos de violência que se repetem com o silêncio complacente da chamada comunidade internacional. Mas, embora não tivesse nenhuma relação mais estreita com o tema, sabia que se tratava de uma violência com origens bem precisas, que não remontam a “milênios”, como diz o senso comum. Uma pessoa que acompanha o assunto apenas pelo noticiário muitas vezes não sabe disso, e desmistificar essa noção de que o conflito é uma tragédia sem fim, contextualizar as causas e forças em jogo, me pareciam uma tarefa fundamental do jornalismo, e o tipo de jornalismo que eu queria fazer. Estava morando na França quando surgiu a oportunidade de viajar para a Palestina e conhecer a situação de perto. Na faculdade, tive contato com um grupo de estudantes da União Geral dos Estudantes Palestinos, que, articulado a estudantes franceses, inclusive judeus, estava organizando um intercâmbio para jovens europeus. Como era um grupo bem interessante e diverso, aproveitei a “carona” e me juntei a eles, o que foi ótimo para abrir meu leque de pontos de vista. Além disso, tem toda a simbologia que carrega o muro erguido por Israel para segregar o território palestino. No prefácio do livro eu digo que “um muro tão acintoso como esse é quase um convite a tentarmos enxergar o que há do outro lado”. Quando aconteceu sua viagem para a Palestina? Fale um pouco sobre o trajeto, roteiro, locais visitados etc. A viagem aconteceu em julho de 2007, exatamente no momento em que os partidos Hamas e Fatah se enfrentavam da Faixa de Gaza (depois que a vitória do grupo islâmico nas eleições não foi reconhecida pelo Fatah). Era impossível entrar em Gaza, que se encontrava completamente bloqueada. Havia algum reflexo da disputa na Cisjordânia, mas não cheguei a presenciar confrontos diretos. Em um dos dias, porém, estava num hospital quando vi chegarem dezenas de estudantes feridos em um confronto que aconteceu entre partidários do Hamas e Fatah, numa universidade. Entrevistei israelenses em Tel Aviv, e conheci as contradições da cidade, moderna, luxuosa, desigual e obcecada por segurança. Também visitei Jerusalém, e fiquei hospedada em um albergue na cidade velha, entre turistas e ativistas. Passei pelas cidades de Ramala e Lod, que foram importantes cidades árabes no início do século 20 e hoje estão em território israelense, e onde se encontra muito viva a lembrança de moradores sobre os massacres de 1948. Visitei comunidades beduínas do deserto do Neguev, que vivem em dezenas de cidades árabes que não existem oficialmente no mapa de Israel, as “cidades invisíveis”. Por fim, conheci Jaffa, a bela cidade portuária que se tornou mundialmente conhecida por suas laranjas e fazia da Palestina a maior exportadora da fruta no século 19 – a cidade foi rebatizada de Yaffo, em hebraico, mas Israel manteve a prestigiosa marca com seu nome árabe. Os moradores árabes, cidadãos israelenses, denunciam ali um processo de gentrification, ou expulsão das famílias com a supervalorização dos imóveis. Na Cisjordânia, pude conhecer Belém, e o impacto da ocupação militar israelense na vida das pessoas que por muito tempo viveram do turismo. Ali perto, presenciei um protesto contra o muro em Um Salamona, a exemplo do que acontece às sextas-feiras em várias cidades palestinas; as cidades de Deishé e Nablus, mais ao norte, e sua intensa vida associativa (de organizações políticas e culturais); Tulkarem, que fica bem próxima ao muro, onde conheci uma associação de mulheres, vi casas divididas ao meio e tive contato com a maior comunidade negra da palestina. Ouvi muitas histórias comoventes no campo de refugiados de Balata, e no pequeno povoado de Yanun senti o desespero das famílias que, cercadas por colônias sionistas, perdem suas plantações de oliveiras e sua fonte de subsistência. Foram feitos contatos com movimentos e ativistas da causa palestina antes da viagem? Você entrevistou personalidades políticas e gente comum? Quais foram os critérios que definiram quem seriam os entrevistados? Além dos estudantes palestinos de que falei, entrei em contato com o jornalista Michael Warschawski, do AIC – Alternative Information Center – e Jeff Halper, do ICAHD – Comitê Israelense contra a Demolição de Casas. Depois os entrevistei lá. Mas conheci vários outros ativistas pelo caminho, de vários países e diferentes visões sobre o conflito. Na verdade, me interessavam mais os “anônimos”, pessoas que tinham suas histórias de vida para contar, já que eu buscava dar um rosto humano aos números do conflito, às estatísticas pavorosas do noticiário. A ideia era ir contando, em forma de diário, mesmo, todo o tipo de encontro que tive ali. Mas acabei falando com funcionários da Autoridade Palestina, em gabinetes como o Ministério da Saúde, até para tentar obter algumas informações oficiais. De forma geral, qual sua impressão sobre a Palestina? O que mais chamou sua atenção? Sem dúvida, me impressionou a intensa vida associativa na Palestina. Ainda que com muita dificuldade de financiamento, e de condições mesmo de existência, há muitas organizações políticas e culturais, associações de moradores. Isso impressiona porque o território palestino está em frangalhos, dividido em ilhas, bantustões, e é quase impossível a circulação dos palestinos entre cidades do norte e sul da Cisjordânia, por exemplo. Eu não esperava uma vitalidade tão grande dessas organizações, com a ressalva da precariedade de sua atuação. Boa parte disso se deve à presença de ONGs internacionais, cuja entrada Israel tem intenção de barrar (recentemente, soube que estavam impedindo a retirada de vistos de trabalhos em ONGs internacionais que atuam na Cisjordânia). Também me chamou a atenção o engajamento das crianças, adolescentes e mulheres nessas associações. Em relação às mulheres, permanece no Ocidente o estereótipo de opressão relacionado à cultura árabe, caracterizada como machista. Qual sua impressão sobre essa questão? As mulheres palestinas tradicionalmente participaram da mobilização por sua terra, a despeito da imagem estereotipada do ocidente com relação a elas. Segundo o historiador Ilan Pappe, a primeira associação de mulheres na região foi fundada em 1903. Encontrei e entrevistei muitas mulheres, muçulmanas ou não, todas engajadas de alguma maneira na luta pela paz. Mouna, muçulmana e integrante de uma associação de mulheres em Tulkarem, me disse justamente que as mulheres palestinas sempre lutaram ao lado dos homens, “de igual para igual”, nas palavras dela. Para Mouna, o que se transmite para quem está fora é a imagem de uma mulher aprisionada em casa, e talvez por isso ela tenha se preocupado em fazer para mim esse discurso tão marcado na questão de gênero. Você enfrentou alguma dificuldade para circular nos territórios palestinos? Sofreu alguma restrição por parte das forças israelenses? Alguma dificuldade específica pelo fato de ser mulher? Há infinitas dificuldades de circulação, mas uma pessoa com um passaporte de outro país, como o meu, tem privilégios que os palestinos estão longe de ter. Como eu disse antes, a Cisjordânia é um verdadeiro arquipélago, onde há centenas de postos de controle (os chamados checkpoints) controlados por soldados israelenses. Um caminho simples, de 40 minutos, pode levar várias horas para ser feito. Os taxistas, acostumados com a situação, se comunicam e sabem quando determinados postos estão fechados, e quais desvios tomar. Em alguns desses controles só se pode passar a pé. Em todos os dias que circulei por esses checkpoints, vi filas enormes de palestinos que esperavam para cruzar, e na maioria das vezes os homens eram impedidos de passar. A relativa facilidade que desfrutei por causa do meu passaporte me deixou constrangida e revoltada, muitas vezes. Por outro lado, os visitantes internacionais não são bem-vindos nos territórios ocupados, então há questionamentos e constrangimentos o tempo todo. Criaram dificuldades com o guia palestino que nos acompanhava, também. Mas conseguimos driblar todas essas situações. O pior interrogatório, no entanto, se deu no aeroporto, na volta. Qual o maior desafio ou maior dificuldade em colocar toda essa experiência no papel? Antes de partir, como preparação, mergulhei no tema por seis meses – devorei livros e documentários sobre a questão palestina. Quando voltei, estudei o tema por mais um ano e meio, inclusive cursando disciplinas sobre judaísmo e a História da Palestina na USP, para escrever o livro baseado em meu diário de campo. Então, embora a viagem tenha durado 17 dias, o trabalho todo levou dois anos. O livro foi apresentado em dezembro de 2008 como trabalho de conclusão de curso da ECA-USP, mas só agora está sendo publicado. A grande dificuldade foi desconstruir os mitos que pairam sobre o conflito israelo-palestino, sair do senso comum, e contextualizar de forma didática (como deve ser o jornalismo) os fatos em meio às histórias que encontrei. Ao mesmo tempo, fazer de tudo isso um relato interessante, de leitura fluida. Infelizmente, tudo que relato no livro continua muito atual. Durante minha viagem à Palestina, ouvi de muitas pessoas a mesma frase: “volte, e conte o que viu aqui”. Essas coisas acabam dando mais peso à responsabilidade de testemunhar todos aqueles casos. Ficavam martelando na cabeça: não é necessário exagerar, ou romancear, “é só contar o que viu”. Serviço O outro do muro – uma viagem à Palestina Fernanda Campagnucci Editora Multifoco Ano: 2011 Páginas: 218 Preço: R$ 40,00 Lançamento Dia: 29 de março de 2011 Horário: 18h30 às 21h30 Local: Livraria da Vila – Rua Fradique Coutinho, 915/ Pinheiros – São Paulo, SP Tel: (11) 3814.5811

UNEGRO ELEGE NOVA DIRETORIA EM MINAS GERAIS


Numa plenária politizada, com unidade na base e com a participação de mais de 60 lideranças negras das mais variadas regiões de Minas, a UNEGRO elegeu sua nova diretoria. Participaram o delegado de Polícia Carlos Marçal, militante do PDT, o Coordenador do MOnabantu- Movimento de Cultura Bantu, Tatetu Arabomi de Mateus Leme, do mestrando em Relações Internacionais Waldeir Eustaquio, do médico do trabalho Volney Barros, e do Babá Adefalá, do Rio de Janeiro, entre outras lideranças. A plenária foi realizada no dia 19 de março, na Câmara Municipal de BH, onde os militantes elegeram a Coordenação Geral e o Conselho Fiscal da UNEGRO para o período de 2011 a 2014. O Presidente eleito foi o Alexandre Braga, ex-militante da UJS e da UEE-MG, que assume, juntamente com os demais diretores, provavelmente no dia 10 de Maio num ato público que está sendo preparado para marcar a nova cara da entidade no estado. São marcas dessa nova gestão construir uma UNEGRO suprapartidária, onde atuarão forças políticas como PMDB, PT, PSOL, PSB e PCdoB, de massas e comprometida em aprofundar os debates sobre a construção de um projeto nacional de desenvolvimento.

CASO JIRAU: CUT SE REÚNE NESTA TERÇA (29) COM GILBERTO CARVALHO PARA DISCUTIR CONDIÇÕES DE TRABALHO NO PAC


Na Santo Antônio, trabalhadores decidem por greve Escrito por: Luiz Carvalho Roberto Parizotti Artur Henrique, presidente da CUT: central defenderá pacto nacional para construção civil A CUT e as demais centrais sindicais se reúnem com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e com empresas da construção civil nesta terça (29), às 10h, no Palácio do Planalto, para discutir um pacto nacional em defesa dos trabalhadores do setor. Durante a audiência, a Central irá cobrar a suspensão de financiamento público para empresas que não cumprirem contrapartidas sociais como o respeito a direitos trabalhistas em obras de infraestrutura já em andamento e outras que ainda iniciarão por conta da Copa 2014, das Olimpíadas de 2016 e do programa Minha Casa Minha Vida. O presidente da CUT, Artur Henrique, lembrará a Carvalho que a elaboração de um acordo nacional é uma reivindicação da entidade desde 2007. “Já na época do lançamento da primeira versão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) alertávamos para a necessidade de contrapartidas ambientais e de emprego para a liberação dos recursos púbicos, incluindo a negociação com trabalhadores, empresários e governo para garantir condições de trabalho, de diálogo permanente e de organização. Exigências que repetimos nos conselhos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), do FAT (Fundo do Amparo ao Trabalhador) e em todas as oportunidades que estivemos com o governo”, disse. O dirigente também colocará em pauta a criação de uma câmara de negociação que envolva representantes dos trabalhadores, os ministérios do Planejamento, da Fazenda e do Trabalho, além de empresários para acompanhar as construções e os acordos definidos entre empresas e os funcionários. “A discussão sobre obras que contam com subsídio público não devem levar em conta apenas o projeto e o financiamento, mas ouvir também os trabalhadores por meio das centrais”, acredita Artur. Pauta específica –O encontro com o governo, em caráter de emergência, foi motivado pelos conflitos que tomaram conta do canteiro de obras da usina de Jirau, em Rondônia, no último dia 15, devido às más condições com as quais convivem os operários. Três dias depois, a hidrelética de Santo Antônio também suspendeu as atividades para evitar manifestações no local, já que ambas são parte do complexo hidrelétrico na região do Rio Madeira. Como a audiência com Carvalho deve contar com a presença de representantes da Camargo Corrêa e da Odebrecht, respectivamente, responsáveis pela construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, as organizações discutirão ainda pautas específicas dos trabalhadores dessas obras. Entre elas, a indicação por parte das empresas de pessoas que possuam autonomia para negociar com uma comissão eleita pelos trabalhadores, melhorias no alojamento, na alimentação, pagamento de horas extras e aumento de R$ 110 para R$ 330 na cesta básica. Outro item fundamental da pauta é a ampliação da chamada baixada, período em que os trabalhadores retornam às suas regiões de origem. Atualmente, os operários trabalham 120 dias e recebem nove de folga. A exigência é que o período seja ampliado para 10 dias a cada 90 de prestação de serviço para. Eles lutam ainda para que as empreiteiras forneçam passagem aérea, diminuindo o tempo gasto de volta para a família. Greve, mesmo com dissidio Os eixos foram aprovados por unanimidade em assembleias convocadas pela CUT e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero) nesse final de semana. Na ocasião, os operários da Santo Antônio também decidiram retomar a greve até que a Odebrecht aceite negociar. A decisão demonstra a capacidade de organização dos trabalhadores mesmo diante da decisão da empreiteira de ingressar com um dissídio de greve contra o sindicato no Tribunal Regional do Trabalho, na última quinta-feira (24), que estabelece multa diária por cada dia de paralisação. Além de Santo Antônio e Jirau, os funcionários da Porto de Suape, em Pernambuco, outra obra do PAC, estão em greve. “Os acontecimentos demonstram que as condições nos canteiros de obras não são adequadas e não atendem as expectativas que as próprias concessionárias passam aos trabalhadores quando das contratações”, avalia Vagner Freitas, secretário de Administração e Finanças da CUT. Ele denuncia ainda a tentativa dos consórcios de tratarem os acontecimentos como distúrbios causados por baderneiros. “Pudemos ver de perto que o problema concreto são as condições de trabalho e remuneração”, alerta o dirigente. Da mesma forma que Artur, Vagner Freitas defende uma convenção nacional para que sejam garantidas aos trabalhadores do setor condições decentes de trabalho.

segunda-feira, 28 de março de 2011

PROTESTO MARCA ABERTURA DA ESTAÇÃO BUTANTÃ DO METRÔ DE SP


A inauguração da estação Butantã da linha 4-amarela do Metrô, na manhã desta segunda-feira (28), foi marcada por um protesto de estudantes e do Sindicato dos Metroviários. Inaugurada em maio de 2010, a linha 4 funcionava até hoje apenas entre as estações Paulista e Faria Lima. Cerca de 15 pessoas protestaram contra o aumento da tarifa do transporte coletivo na cidade, contra o atraso na entrega da estação e contra a concessão da operação da linha à iniciativa privada. Estudantes também exigiam uma linha gratuita ligando a estação ao campus da USP. O grupo cantou slogans como "Chega de aumento para deputado, e para a população só ônibus lotado" e "É ou não é piada de salão, atraso de cinco anos mais privatização". Apesar do protesto, o prefeito Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) mantiveram suas falas e não fizeram menção à manifestação. O ex-governador José Serra (PSDB) também esteve presente. Alckmin afirmou que a estação Pinheiros será a próxima da linha a ser inaugurada, em maio deste ano, e prometeu a entrega das estações Luz (que fará integração com a linha 1-azul) e República (integrada com a 3-vermelha) até o fim do ano. As estações de metrô da linha 4 já são famosas por seus sucessivos acidentes e problemas O mais grave deles aconteceu na estação Pinheiros, em janeiro de 2007, que culminou coom a morte de 7 pessoas. Com informações da Folha de S. Paulo

CTB É CONTRA A MEDIDA PROVISÓRIA 520/10



Em defesa dos Hospitais Universitários Ao longo da década passada vivenciamos este debate que alega à incapacidade dos gestores públicos e que, para tanto, o serviço público não exclusivo do Estado deve ser terceirização ou até mesmo quarterização, o que tem, como conseqüência, a precarização dos serviços prestados à população. Nas Universidades Públicas, o desfecho desta triste novela foi um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) realizado em 2000, entre Governo e Tribunal de Contas da União (TCU), depois de varias denúncias do movimento sindical e da comunidade universitária. Este termo de ajuste deveria eliminar a terceirização no serviço público federal em dez anos. Infelizmente, os governos descomprometidos com os serviços públicos de qualidade, durante toda a década de 1990, seja em nível federal, estadual ou municipal, aprofundou a terceirização no serviço público. É verdade que na década de 2000 foram realizados diversos concursos, mas a quase totalidade para as atividades chamadas exclusivas de Estado, ou seja, aquelas em que não se encontra similaridade na iniciativa privada, como fiscalização, polícia, arrecadação entre outras. Em nível federal, o Governo Lula, em seus oito anos de governo, realizou concursos públicos, mas, infelizmente, não cumpriu com o acordo realizado como TCU. Passado 10 anos, o problema instalado, no âmbito da Instituição de Ensino Superior (IES), em especial as Instituições Federais. A comunidade universitaria e todo movimento social em geral, foi surpreendido com uma Medida Provisória 520, publicada no dia 31/12/2010, que trás, na sua essência, o modelo de privatização, tirando a responsabilidade das universidades de administrar seus Hospitais Universitários. Para a CTB é os hospitais universitários, enquanto unidades acadêmicas responsáveis pelo ensino na área da saúde deve ser parte integrante das universidades e serem administrados pelas universidades como é hoje. A edição desta medida foi feita de forma exacerbada, sem nenhum dialogo com a comunidade universitária, com os trabalhadores envolvidos em questão, nem tão pouco com a sociedade. Esta MP veio, na ótica do Governo Federal, salvaguardar os empregados terceirizados e impedir o fechamento de leitos, devido ao não cumprimento do TAC, mas fica uma pergunta, porque os governos não cumpriram o TAC, onde o Governo se comprometia em acabar com a terceirização em dez (10) anos substituindo-os por trabalhadores concursados? Afinal, estes trabalhadores foram contratados, irregularmente, por intermédio de fundações de apoio que atuam nas universidades. Só nos 44 Hospitais Universitários somam 26 mil trabalhadores esta é uma pergunta que não quer calar. A criação desta figura jurídica de direito privado, em nosso entendimento, nada mais é do que o retorno da lógica de transferir para a sociedade civil, a responsabilidade de gerir políticas públicas que são de responsabilidade direta do Estado. Tentativa desse quilate foi derrotada pelo movimento social, na época de FHC, que insistia em transformar as universidades federais em Organizações Sociais (OS’s), como acontece no Estado de São Paulo e, como pretende, agora, o governo paulista em relação ao Hospital de Clinicas da Unicamp. Os hospitais universitários são unidades acadêmicas tendo por princípios a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, por meio da assistência à população. Os hospitais Universitários não podem ser vistos como unidades de saúde apenas, o seu fundamento é a indissociabilidade de seu caráter acadêmico. Com a ausência de novas unidades de saúde publicas, que não acompanham o crescimento da população, tão pouco considera o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e, portanto, o aumento de demanda por mais serviços de saúde e, ainda, com o abandono imposto por governos descompromissados com a saúde publica, os 44 hospitais universitários/hospitais de clinicas, tem sido a única alternativa de populações inteiras, na busca de solução de problemas de doenças. Contudo, estes hospitais escolas vêm se mantendo, há décadas, com poucos recursos e prestando serviços de excelência, em todo Brasil, sendo, hoje, responsáveis por todo atendimento de alta complexidade na rede do SUS. Para além dos hospitais universitários/hospitais de clinicas das universidades, esta proposta é extensiva a administrar unidades hospitalares, tendo com uma de suas atribuições prestar serviços de assistência médico-hospitalar e laboratorial à comunidade, no âmbito do SUS. A proposta por meio do qual se propõe o deslocamento dos hospitais universitários da área da educação e da terceirização do SUS, inverte os preceitos das Constituição Federal. Num hospital-escola ou numa unidade do SUS, não é a quantidade de atendimento que interessa, mas, sim, a qualidade e a eficácia do atendimento. Portanto, a natureza jurídica e tão pouco o modelo de gestão que determinará o alcance da eficiência e probidade da gestão. É preciso investir em novas unidades de saúde pública, para fazer face às demandas da população que cresce a cada ano, aliada a nova expectativa de vida dos brasileiros. A CTB não mediará esforços para convencer os congressistas a não votar neste projeto nefasto para a sociedade Brasileira. A CTB solicita aos senhores (as) Deputados que vote contra esta Medida Provisória Em defesa da Educação e da Saúde Pública gratuita e de qualidade para todos!!!

sexta-feira, 25 de março de 2011

20 ANOS DA FORÇA SINDICAL!

Ainda houve protesto contra o aumento das passagens dos ônibus e metrô!
Gilberto Carvalho, Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, também participou do evento. Oprefeito, Giberto Kassab, foi homenageado no evento, recebe das mãos do Antonio Ramalho,presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Contrução Civil doEstado de São Paulo.

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo participou da mesa de abertura doevento


Gilberto Carvalho, representou a presidenta, Dilma Rousseff nos 20 anos da Força Sindical

Momento em que o Senador, Aécio Neves, chega ao evento dos 20anos da Força Sindical


Paulinho, presidente da Força Sindical, mostra ao governador, Geraldo Alckim a história da Força SindicalPaulinho, Força Sindical saúda o senador, Aécio Neves na mesa dos trabalhos Mesa composta para inicios ás comemorações dos 20 anos da Força SindicalA Força Sindical comemorou ontem seus 20 ANOS de existência! Fundada em 8 de março de 1991, no Memorial da América Latina, cidade de São Paulo. Seu fundador, hoje deputado federal, Luiz Antonio de Medeiros se orgulha de ter contribuido para a construção de uma das maiores centrais sindicais da América Latina. Participaram do evento autoridades do governo federal, Gilberto Carvalho, Chefe da Secretaria-Geral da Presidência e o presidente da Câmara dos Deputados, deputado, Marco Maia-PT. O atual presidente é o deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Hoje a Força Sindical tem mais de 2000 sindicatos filiados. Ontem com a presença do governador, Geraldo Alkemim e o prefeito da São Paulo, Gilberto Kassab, juntamente com o senador, Aécio Neves-PSDB-MG, abrilhantaram a festa. Centenas de sindicalistas marcaram presença no evento, que começou com o Canto do Hino Nacional. Estiveram também presentes representantes da UGT, Canindé Pegado, secretário nacional da UGT, Calixto, atual presidente da Nova Central e Wagner Araújo, presidente da CTB.

quarta-feira, 23 de março de 2011

CENTRAIS SINDICAIS ENTREGARAM CARTA AO PRESIDENTE BARACK OBAMA



Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e os presidentes das demais centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CTB, CGTB e Nova Central) entregaram carta aberta ao presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama durante o almoço no Itamaraty, em Brasília neste sábado, dia 19.
O documento enfatiza o desequilíbrio na relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos. “O Brasil acumula um crescente déficit comercial com os EUA, que passou dos US$ 4,4 bilhões em 2009 para US$ 7,7 bilhões em 2010, um aumento de 75%. Tal situação é resultado, dentre outros motivos, da depreciação forçada do valor do dólar norte-americano e da imposição de injustas barreiras à entrada de produtos brasileiros nos EUA, especialmente de etanol, produtos siderúrgicos, tabaco e suco de laranja".
“Demandamos a pronta retirada de todas as barreiras comerciais contra tais produtos, o que, no curto prazo, recolocaria o comércio entre nossos países em níveis mais justos, fazendo com que a balança comercial convirja para o equilíbrio”, exigem as centrais sindicais.
Os sindicalistas brasileiros expressam “sua solidariedade aos servidores públicos de Wisconsin e de outros estados e aos sindicatos norte-americanos em luta contra as medidas de restrição das atividades sindicais e das negociações coletivas aprovadas por parlamentos locais” e pedem “o respeito aos ditames da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho – OIT que, embora não ratificada pelos EUA, é uma referência mundial e uma garantia importante aos direitos dos servidores públicos à plena liberdade de organização, à negociação coletiva, à expressão e manifestação”.
E fazem um apelo pela paz e pela concordância – “somamo-nos a todas as mulheres e homens que, em todo o mundo, preconizam uma política internacional de paz, de direitos humanos, de desarmamento, de não-intervenção, de autodeterminação e de soberania dos países e dos povos”. E terminam reivindicando “o fim do bloqueio econômico a Cuba, medida que impõe enormes sofrimentos e privações ao povo da ilha caribenha”.

PAULINHO DA FORÇA REUNIU-SE COM GILBERTO CARVALHO


Brasília (DF): Força Sindical se reuniu hoje com o Ministro Gilberto Carvalho para normatizar as relações trabalhistas nas obras do PAC
Qua, 23 de Março de 2011 Fonte: Assessoria de imprensa da Força Sindical
O presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, se reuniu hoje com o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho para discutir a formação de uma comissão que envolva trabalhadores, empresários e representantes do governo para normatizar as relações trabalhistas nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
“Precisamos acabar com a situação de trabalho degradante nas obras do PAC. Não podemos mais permitir que ocorram fatos semelhantes aos que aconteceram nas usinas de Jirau e Santo Antônio”, afirmou Paulo Pereira da Silva. Lembrando que amanhã a FORÇA SINDICAL completará 20 ANOS de Lutas e Histórias. Eduardo.

SINDIPETRO AL/SE DENUNCIA: TRABALHADORES DO LIFAL COBRAM SALÁRIOS ATRASADOS


Os trabalhadores do Lifal (Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas) reunidos em assembleia no último dia 21 resolveram dar um prazo até esta quarta-feira (23), para que a empresa se reúna com o Sindipetro AL/SE (Sindicato dos Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos de Alagoas e Sergipe), com objetivo de definir o pagamento de quase três meses de salários devidos e outras pendências que afetam os servidores.
A categoria reivindica, além da atualização dos salários, a quitação de cinco cestas básicas atrasadas, a normalização do plano de saúde e o pagamento da primeira parcela da produtividade de 25% do salário base, conforme determina o acordo coletivo de trabalho. Os funcionários ainda cobram a regularização do recolhimento dos encargos sociais referentes ao FGTS e INSS.
De acordo com o Sindipetro AL/SE, a situação dos trabalhadores é dramática. “As dificuldades financeiras aumentam a cada dia. Tem pessoas que pediram empréstimo no banco para pagar suas dívidas. Outras estão sendo ameaçadas de despejo porque estão com o aluguel de casa atrasado. Isso é grave tendo em vista o desespero que já toma conta de muitos servidores”, ressaltou Paulo Roberto diretor do sindicato.
A direção do Sindipetro AL/SE alega que a atual gestão do Lifal não resolveu os problemas financeiros do órgão e aprofundou a crise vivida pelo laboratório. Segundo Roberto, dos R$ 35 milhões de dívidas de tributos não pagos em administrações anteriores, hoje essa dívida chega aos R$ 80 milhões, uma elevação de mais de 60% verificada nos últimos anos.
“Infelizmente, temos um governo estadual com a proposta do Estado mínimo, onde a ordem é diminuir a participação estatal em empresas públicas para favorecer a iniciativa privada. Por isso só podemos acreditar que a má gestão à frente do laboratório é intencional para justificar sua eventual privatização”, disse o sindicalista.
Nesta quarta-feira o sindicato espera se reunir com a direção do Lifal para tratar das reivindicações dos trabalhadores. Segundo Paulo Roberto, o Sindipetro AL/SE vai exigir que o governo trate o Lifal como órgão estratégico no desenvolvimento de políticas públicas de saúde. Para ele, a empresa precisa voltar aos bons tempos quando fabricava 28 tipos de medicamentos destinados a população carente de Alagoas.
Fonte: Sindipetro AL/SE

CUT NO CONGRESSO NACIONAL POR DESENVOLVIMENTO COM VALORIZAÇÃO DO TRABALHO


400 lideranças pressionam parlamentares pelo atendimento à pauta vencedora das eleições
Escrito por: Leonardo Wexell Severo, de Brasília

Cerca de 400 lideranças cutistas de todo o Brasil tomaram o Congresso Nacional desde a manhã desta quarta-feira para levar aos parlamentares as propostas da Central para garantir o desenvolvimento com valorização do trabalho. Compõem a pauta dos trabalhadores, entregue a deputados (as) e senadores (as), a defesa de mudanças na política econômica; redução da jornada, sem redução de salário; fim do fator previdenciário; valorização das aposentadorias; combate às demissões sem justa causa e o fim do imposto sindical.
“Nossa presença aqui dá início ao calendário de lutas para o ano. O objetivo é colocar em evidência a pauta da classe trabalhadora vencedora do processo eleitoral: redução dos juros e da jornada, aumento do crédito, fortalecimento das políticas públicas, medidas que fazem a roda da economia girar, alavancando salários e empregos”, afirmou Antonio Lisboa, dirigente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) responsável pelo Escritório de Brasília e tesoureiro da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
A presença de 400 lideranças cutistas de todos os estados e Ramos, declarou a secretária Nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, “demonstrou a capilaridade e a representatividade da Central, que aprofunda o debate para além das questões específicas do mundo do trabalho, com posicionamentos claros sobre a política e a economia”. Exemplo disso, salientou, foi a construção de um posicionamento mais claro a respeito da reforma tributária, debatida ao longo de dois dias em seminário nesta semana em Brasília. “Temos um papel chave, não só nas questões imediatas e específicas, mas na abordagem do papel do Estado, sobre temas mais gerais e de mais longo prazo. Neste embate para que o país avance, a militância cutista terá novamente uma importância fundamental”.
Solaney, Júlia, Jasseir e Valeir com o deputado Padre João (PT-MG)Para Jasseir Alves Fernandes, diretor executivo da CUT, o diálogo estabelecido com os parlamentares é essencial para esclarecer propostas e demarcar campo com os setores conservadores, como a mídia, que pressiona por retrocesso. “Aqui se decide sobre a aprovação ou não de um projeto, que para ser sancionado e aplicável também necessita de pressão. Assim, lembramos aos deputados e senadores que eles são representantes do povo, não de suas próprias vontades, e que existem compromissos a ser honrados com os eleitores”, frisou.
De acordo com Maria Júlia Nogueira, secretária Nacional de Combate ao Racismo, os obstáculos iniciais colocados pela segurança da Casa à entrada das centenas de cutistas, “em vez de arrefecer, multiplicou em cada um a energia e a garra para dar visibilidade à nossa pauta”. Júlia citou o empenho de parlamentares como Janete Pietá (PT-SP) e Edson Santos (PT-RJ) para a entrada da delegação, cuja entrada havia sido barrada por seguranças do Anexo 2, o que causou empurra-empurra e muitos protestos dos cutistas.

LINHA DE FRENTE

A qualidade e o significado da participação cutista foi lembrada por vários parlamentares, como o vice-presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara Federal, deputado Padre João (PT-MG). Ele destacou a relevância da presença da caravana da CUT, citando uma frase de Frei Beto, em que o frade dominicano lembra que “política é como feijão, só funciona com pressão”. “É muito bem-vinda esta pressão popular, já que a elite conta com muitos instrumentos em defesa dos seus interesses. Se o movimento sindical e social não se faz presente, colocando com firmeza a sua pauta, não vamos avançar”, afirmou Padre João.
Presente à Comissão de Seguridade Social, o presidente da CUT-SP e líder metalúrgico Adi dos Santos Lima disse que a manifestação no Congresso “dá continuidade à história da Central, que desde seu início defende a mobilização, a organização, a negociação e a proposição como ferramentas para a transformação social”. “É a luta que muda a realidade e que garante melhorias concretas na vida dos trabalhadores e trabalhadoras”, acrescentou Adi, que se fez presente com mais de 60 lideranças da capital e do interior paulista.
Segundo o presidente da CUT-RN, José Rodrigues, a forte presença cutista “criou um impacto muito positivo no Congresso Nacional, que pôde ser visto e sentido nas manifestações respeitosas dos parlamentares e no diálogo realizado com as lideranças das diferentes comissões”. Para Gilberto Diógenes, presidente da Federação dos Trabalhadores Municipais do Rio Grande do Norte (FETAM), merece destaque na agenda o tema da valorização dos serviços e dos servidores públicos, imprescindível para a construção de uma sociedade mais justa.
NÃO AOS CORTES NO ORÇAMENTO
No documento específico com a pauta do setor público, a CUT condena o corte de R$ 52 bilhões no Orçamento federal, “uma política destrutiva de enfraquecimento do Estado”, pois “aniquila qualquer possibilidade de melhoria em setores fundamentais para a população, como saúde, educação, infra-estrutura, entre tantos outros”. A CUT também pediu o apoio dos parlamentares para a aprovação da PEC 555/06 – que elimina a cobrança de contribuição dos aposentados e pensionistas do serviço público; do PLP 554/10 e PLP 555/10 – que propõem aposentadoria sob condições especiais a servidores públicos que exerçam atividades de risco; da PEC 270/08 – que garante ao servidor aposentadoria integral, com paridade, por doença grave e/ou invalidez permanente e dos PLs 6.613/09 e 6.697/09 – que tratam da carreira do Judiciário e do Ministério Público.
Ao mesmo tempo, as lideranças cutistas solicitaram a deputados (as) e senadores (as) a rejeição de alguns projetos como o PLP 549/09 – que propõe limites em investimentos públicos pelos próximos dez anos; PLP 92/07 – que permite a criação de fundações estatais de direito privado e o PLP 248/98 – que prevê a demissão por insuficiência de desempenho, tornando os trabalhadores públicos vulneráveis e deixando-os à mercê de interesses particulares.
Presente à reunião da Comissão de Educação e Cultura, onde o ministro Fernando Haddad debateu com parlamentares e representantes da sociedade civil o Plano Nacional de Educação (PNE), o diretor executivo da CUT, Milton Canuto, avaliou como estratégica a presença cutista no debate. Na avaliação de Canuto, que também é vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o ponto central a ser esclarecido é que “a educação não é problema dos educadores, mas da sociedade brasileira e que não existe país desenvolvido sem investimento no setor”.
Conforme esclareceu o secretário Nacional de Formação da CUT, José Celestino Lourenço, o PNE ampliará de 5 para 7% do PIB os recursos para a educação, o que é um passo importante que precisa ser consolidado. “Mas nós entendemos que o PNE deve ser aprimorado e que os recursos devem ser aumentados para 10%. Esta é a compreensão da CUT, CNTE, Fasubra, Contee, UNE e UBES, que estão mobilizadas para enfrentar os setores conservadores e privatistas”, asseverou.
O presidente estadual da CUT-Ceará, Jerônimo do Nascimento, acredita que o acompanhamento da Central na reunião da Comissão de Educação tenha possibilitado um posicionamento mais enérgico, tanto do ministro quanto da presidente da Comissão, Fátima Bezerra (PT-RN), pela imediata aprovação da Lei do Piso que encontra-se para ser votada no Supremo Tribunal Federal. “É sempre importante esta somatória de pressão da sociedade civil”, sublinhou.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
“Garantir a aprovação do PNE e o estabelecimento de um piso nacional para os trabalhadores em educação é uma vitória importante para o país, que vai impulsionar muitos outros avanços e conquistas”, acrescentou o presidente estadual da CUT Santa Catarina, Neudi Giachinni.
O presidente da Federação Democrática dos Sapateiros do Rio Grande do Sul, João Batista Xavier da Silva ressaltou que a CUT saiu na frente, “mostrando muita energia e compromisso na entrega de uma pauta que afirma a necessidade do país seguir em frente, criando emprego, valorizando salários e ampliando direitos”. Uma dezenas de lideranças gaúchas dos Sindicatos de Sapateiros de Venâncio Aires, Volante, Igrejinha, Sapiranga, Dois Irmãos, Ivoti, Novo Hamburgo e Santa Cruz do Sul acompanharam Batista. “A expectativa é que o Congresso e a Presidência da República ouçam o nosso pedido para acelerar o crescimento e não retroceder”, enfatizou Batista.
Uma comissão de lideranças petistas também se reuniu com a senadora Ana Rita (PT-ES), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado e integrante da Comissão de Reforma Política, sublinhando a necessidade da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário. “Também defendemos medidas urgentes e enérgicas contra o trabalho escravo e as práticas antissindicais, e debatemos questões relativas à economia solidária e à lei geral do cooperativismo”, esclareceu o secretário Nacional de Políticas Sociais da CUT, Expedito Solaney.
PRECARIZAÇÃO
Segundo Maria Isabel Caetano dos Reis, presidente do Sindserviços de Brasília, que representa os cerca de 45 mil trabalhadores terceirizados do Distrito Federal, a mobilização unificada do sindicalismo cutista, da esfera pública e privada, do campo e da cidade, é chave para colocar pressão sobre os parlamentares, “do contrário, a coisa não anda”.
Para o Sindserviços, declarou, “a reivindicação que ganha destaque no dia de hoje é a redução da jornada de trabalho, mas também estamos aqui para levantar a voz em defesa dos direitos dos terceirizados, que acabam sendo invisíveis devido à falta de fiscalização e de uma legislação mais dura contra a precarização”. Ela citou o caso dos 280 trabalhadores de limpeza, copa e cozinha da empresa ICB, que presta serviços, entre outros, para o quartel da Polícia Militar do DF e para a cozinha do Ministério da Fazenda. “Tivemos de paralisar o serviço. Em vários lugares é a mesma coisa: a empresa ganha a licitação e depois deixa de pagar os trabalhadores. Elas confiam na impunidade. Nós confiamos na capacidade do trabalhador de pressionar os parlamentares e fazer valer os seus direitos”, concluiu.
A ação da CUT prossegue até o começo da noite, com várias audiências com os poderes legislativo, executivo e judiciário.

CTB PROPÕE RETORNO DO SINDICATO DE PETROLEIROS E DO SINDICATO DOS QUÍMICOS


A CTB participa de assembléia de desmembramento do Sindicato do ramo químico-Petroleiro da Bahia, nesta quinta, dia 24/03, às 07horas da manhã no Posto Nota 1000 na BR 324. Assembléia vai contar com participação de cerca de 3000 petroleiros e petroquímicos.
Passados 03 anos da última eleição do Sindicato do ramo químico e petroleiro da Bahia onde a CTB participou com chapa de oposição obtendo importante resultado o que se verifica agora é que o sindicato rachou. A direção atual se dividiu em duas partes compondo chapas diferentes: a chapa 01 articulada pelo grupo ligado aos empresários do Pólo Petroquímico e mais o PSTU, e a chapa 02 composta pela Articulação Sindical, CTB e CSD que defendem o desmembramento do Sindicato do Ramo com o retorno imediato do Sindicato Único dos Petroleiros e do Sindiquímica, reforçando a democracia operária, superando o imobilismo do Sindicatão e retomando os dois Sindicatos para a luta firme, responsável, autônoma e independente dos patrões e gerentes da Petrobras.
As eleições do Sindicato do Ramo Químico e Petroleiro acontecem de 11 a 15 de abril.
Carta aos trabalhadores e trabalhadoras petroleiros e petroquímicos da Bahia
Quero meu Sindicato de volta
Em 1996, a base petroleira aprovou democraticamente a unificação do antigo Stiep com o antigo Sindipetro, formando o SUP (Sindicato Único dos Petroleiros da Bahia). Três anos depois, houve uma manobra e a direção do SUP unificou a revelia da categoria o nosso Sindicato com o Sindiquímica e elaborou um estatuto antidemocrático, onde uma chapa para concorrer ao processo eleitoral teria que, obrigatoriamente, reunir 45 petroleiros e 45 petroquímicos. Assim, eles excluíram a oposição e fizeram uma eleição com chapa única de 1999 até 2005. Somente em 2008 conseguimos finalmente concorrer com uma chapa de oposição dos petroleiros e petroquímicos da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Agora, a diretoria do Sindicato rachou em duas partes: a Articulação (fazendo autocrítica e defendendo o desmembramento e o retorno do SUP e Sindiquímica) e o grupo do Polo, controlado por Itaparica, Reginaldo, Pinheiro e Germino (aposentado da RLAM), que defendem manter o Sindicato do ramo químico na mesma situação atual: burocratizado e aliado aos patrões do Polo e à gerência da Petrobras.
Para tentar enganar a categoria com discurso radical, deram alguns cargos ao PSTU, aliando-se ao oportunismo, à apatia política e à falta de perspectiva para a categoria.
Pelo retorno do SUP e Sindiquímica fortes e de luta!
Por isso, nós, petroleiros e petroquímicos da CTB, que somos oposição à atual diretoria, nos aliamos à Chapa 2 para ganhar a eleição e desmembrar já, retornando com o SUP e o Sindiquímica. É preciso que a categoria retome as rédeas do processo para democratizar as duas entidades, que retornarão naturalmente ao caminho da luta firme, responsável, autônoma e independente dos patrões e em defesa da categoria.

NOSSO PRIMEIRO CONTATO!

Convidamos você caro leitor a caminhar juntos conosco nas informações que dizem respeito ao Movimento Sindical no nosso País e no Mundo! O Movimento Sindical vem avançando e muitas nas conquistas em prol dos TRABALHADORES (AS). A luta é enorme e precisa do apoio de toda a sociedade brasileira e do mundo. Potanto junte-se a nós, pois só assim seremos mais forte! Eduardo Vasconcelos-sindicalista e bloguista.